quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tudo normal!

Hoje foi mais um dia daqueles que as pessoas acordam cedo, se arrumam e saem para fazer suas tarefas. Por pouco quase perdi a cena de hoje, porem, cheguei a tempo de ver Charles e Aline esperando Rodrigo, que chegou e os comprimentou e então giraram a catraca. Guilherme já estava na fila e dessa vez sim, foram todos para a mesma fila, estavam juntos enfim, faltou Luana e apesar de "juntos". Guilherme estava bem mais a frente e somente Charles e Rodrigo conversavam, destribuiam sorrisos. Guilherme tem a expressão mais fechada, mesmo quando junto da trupe.


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Mas hoje peço permissão para inserir outra personagem nas nossas histórias corriqueiras. Local de encontro: Micro ônibus. Subi os dois degraus para entrar, mas ou menos sem poder medir a quantidade de espaço que minha mochila consegue ocupar, passei o bilhete e ouvi o barulhinho que é como dissesse: Pode passar! Passei! Ela de cabelos negros, sempre bem presos com um tradicional rabo de cavalo ou um coque bem feito enfeitado de presilhas de pedrinhas, um piercing no nariz, bolsa da Marylin Monroe e três estrelas coloridas tatuadas atrás da orelha, tem rosto de menina nova. Seu pseudonome pode ser Amanda.

Assim que andei pelo corredor, Amanda me olhou e desviou os olhos rapidamente, como quem já sabe que já me viu antes. Nos encontramos já algumas vezes, mas essa é a segunda vez que a vejo sozinha. Na primeira vez, meus olhos estranharam muito a cena, ela também olhou pra mim rapidamente, me compadeci: Será que terminaram? Quis pensar que foi outra coisa o fim é tão ruim, talvez fosse mudança de horário, não sei... Estou com mania de querer deduzir as coisas. Hoje tentei ler em seu rosto, algum sinal: Nada! Apenas seriedade tamanha, o que é normal quando estamos sozinhos. Olhei para a mão, nenhuma aliança. Antes, com ele, ela sorria, falava bastante, fazia ciumes, era até bonito de ver os dois juntos, quando não se está carente de alguém também. Agora sozinha, bem que sentido isso faria?

Amanda também pega o mesmo ônibus que eu e a "minha trupe" querida. Foi exatamente assim, parte da Trupe entrou, entrei logo atrás, mas uns 3 minutos entrou Amanda, que se colocou na fila da trupe, que deveria ser a quinta, eu fui para a terceira, mas Amanda mudou para sexta fileira. Mas alguns minutos se passaram... e quem gira a catraca agora é o namorado de Amanda, ou ex namorado, de boné com uma cara de quem não dormiu muito ou justamente o contrário que dormiu no ônibus . Tento avistá-lo, verificar pra onde ele vai, segui em direção a ultima fileira, mas o perdi de vista.

Qual é a importância dessas histórias pequenas que acontecem todos os dias, em nossas vidas? Básico, é como se tivesse uma linha invisível sendo costurada e amarrando nossas histórias, nos fazendo nos encontrar, sendo figurantes e protagonistas. Nossa vida é um emaranhado de linhas invisíveis que não conseguimos ver. E essas linhas, também carinhosamente chamada de Laços quando mais forte, estão em detalhes tão pequenos de nossas vidas. Como quando nos apaixonamos. Imagino que o termo "Foi laçado!" seja bem adequado. Não sei se Amanda que laçou seu namorado, ou vice e versa, ou os dois. Mas é gostoso sentir que existe algo, uma linha que nos liga, que "liga ele a mim e eu a ele". Tem um laço forte entre pessoas que gostamos, que amamos e que escolhemos para chamar de amigos, mas mesmo sem o laço, todos, todos estamos ligados por linhas que dependendo de nós se firma ou não.

2 comentários:

  1. Ná, isso que eu chamo de literatura contemporânea...

    continue! continue!

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  2. Názenha não para naum !!
    Sempre que possível uma história está ligado a outro..

    Bjs.

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